Júpiter, Mistérios e Tempestades do Quinto Planeta do Sol
Júpiter, o quinto planeta a partir do Sol, é o que se pode chamar de sonho em aquarela. Suas nuvens vibrantes e ondulantes envolvem sua espessa atmosfera, criando um mundo tão vasto que mais de 1.300 Terras poderiam caber dentro dele. A famosa Grande Mancha Vermelha parece observar através das nuvens em turbilhão, como um olho gigante no rosto de um colosso listrado.
Embora pareça sereno quando visto da Terra, Júpiter é um lugar caótico e tempestuoso. As manchas e redemoinhos que adornam esse planeta gigante gasoso resultam de enormes tempestades com ventos de até 540 km/h no equador, mais rápidos que qualquer vento registrado na Terra.
Essa gigantesca tempestade, conhecida como anticiclone, é muito maior e mais duradoura que qualquer tempestade na Terra. Ela gira em um oval maior que a Terra inteira e, embora tenha diminuído ao longo do tempo, continua a ser uma característica fascinante de Júpiter.
Júpiter é essencialmente uma enorme bola de gás. Suas nuvens, compostas de amônia e vapor de água em uma atmosfera de hidrogênio e hélio, dão ao planeta suas cores vibrantes, embora as razões exatas para essa aparência ainda sejam desconhecidas. Sob essas camadas gasosas, a pressão e a temperatura aumentam tanto que o hidrogênio se transforma em líquido. A pressão é tão intensa que o hidrogênio perde seus elétrons, criando uma substância que pode conduzir eletricidade, semelhante a um metal.
A rápida rotação de Júpiter faz com que um dia lá dure menos de 10 horas terrestres, gerando correntes elétricas que possivelmente alimentam seu enorme campo magnético, 16 a 54 vezes mais forte que o da Terra.
Como o segundo planeta mais brilhante no céu noturno, depois de Vênus, Júpiter foi avistado e estudado por astrônomos há séculos. Em 1610, Galileu Galilei observou quatro pequenas estrelas acompanhando Júpiter, que são, na verdade, suas maiores luas: Io, Europa, Ganimedes e Calisto.
Ganimedes, a maior lua do sistema solar, possui seu próprio campo magnético. É o corpo mais vulcanicamente ativo do sistema solar. Europa, com seu vasto oceano sob a crosta gelada, é uma das principais candidatas na busca por vida alienígena. Além dessas, Júpiter tem muitas outras luas, e mais continuam sendo descobertas. Em 2003, 23 novas luas foram identificadas, e em 2018, mais 12 luas jovianas foram encontradas.
Desde que Galileu observou o gigante planeta com seu telescópio, cientistas estudam o planeta tanto da Terra quanto do espaço. Em 1979, as sondas Voyager 1 e 2, da agência espacial americana, passaram pelo gigante gasoso, capturando milhares de fotos. Essas imagens revelaram, entre outras descobertas, que Júpiter possui anéis finos e empoeirados, uma característica que anteriormente não era conhecida. Assim, as missões Voyager ampliaram significativamente nosso entendimento sobre o planeta.
Quando a sonda Juno, da empresa espacial americana, começou a orbitar Júpiter em 2016, ela enviou, desde então, imagens impressionantes que mostraram que o planeta é ainda mais intrigante do que se pensava. Além disso, Juno forneceu as primeiras vistas detalhadas dos polos de Júpiter, revelando ciclones girando em sua superfície. Dessa forma, a missão Juno tem ampliado significativamente nossa compreensão sobre esse gigante gasoso.
Embora já tenhamos aprendido muito sobre Júpiter, muitos mistérios ainda persistem. Por exemplo, um deles é o que mantém a Grande Mancha Vermelha ativa e qual será o destino dessa tempestade icônica. Além disso, outra questão intrigante é a composição do núcleo de Júpiter. Dados da Juno, por sua vez, sugerem que o núcleo do planeta é surpreendentemente grande e pode ser composto de material sólido parcialmente dissolvido. Ademais, os cientistas estimam que a temperatura nessa região possa chegar a impressionantes 50.000 graus Celsius, calor suficiente para derreter titânio. Assim, apesar dos avanços, muitos aspectos de Júpiter continuam desafiando a ciência.
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